Relógio de NY faz contagem regressiva para o colapso ambiental

Relógio de NY faz contagem regressiva para o colapso ambiental

Sete anos pode ser tudo o que nos resta até o planeta entrar em colapso. O alerta foi feito pela dupla de artistas Gan Golan e Andrew Boyd, que realizaram uma intervenção no mostrador digital do relógio de Manhattan, em Nova York. Em vez de marcar as horas, o enorme visor de 19 metros localizado na Union Square agora faz a contagem regressiva de quanto tempo dispomos para um desastre ambiental sem precedentes.

A ação fez parte da programação da Semana do Clima, realizada em setembro. Usando os dados do Instituto de Pesquisa Mercator sobre Bens Globais Comuns e Mudança Climática, o contador foi ativado faltando 7 anos, 103 dias, 15 horas, 40 minutos e 7 segundos para sofrermos os efeitos mais severos do aquecimento global, tempo que se torna mais escasso a cada minuto que passa.

O prazo foi determinado a partir do cálculo do total de emissões de CO2, que já superam o limite aceitável. Dessa forma, o relógio se tornou um enorme lembrete sobre a urgência de agirmos para enfrentar a grave situação em que nos colocamos. Caso sigamos no mesmo ritmo de consumo, com modelos pouco sustentáveis para a construção civil, produção industrial e agropecuária, não será mais possível evitar o aumento de 1,5°C na temperatura média global. Mas nem tudo está perdido. Além do (pouco) tempo que nos resta, em verde, cor da esperança, a instalação também aponta a porcentagem de energia mundial fornecida a partir de fontes renováveis: 27,8%. 

Consciente da importância de repensar processos e o próprio desenvolvimento humano, a Amata lançou a Urbem, empresa focada na produção de madeira engenheirada em larga escala, contribuindo para que as cidades se tornem cada vez mais sustentáveis e resilientes. A madeira engenheirada é hoje a alternativa mais sustentável para a construção civil dada sua capacidade de capturar gás carbônico ao longo de toda a sua vida útil, de ser uma matéria-prima renovável e ainda poder ser utilizada para erguer arranha-céus de 83 metros de altura, caso do Mjøstårnet, na Noruega, o mais alto da categoria hoje. Transformar o processo construtivo é um passo fundamental para uma convivência mais harmoniosa com o ambiente e a sobrevivência da espécie humana e do nosso planeta por muito mais tempo.