Madeira engenheirada e outros sistemas pré-industrializados em perfeita integração criam ambientes ensolarados e ventilados
Com 200m² de área construída, a casa projetada pelo escritório de arquitetura 23 Sul, localizada na Pompeia, privilegia a iluminação e a ventilação naturais para criar um aspecto leve e orgânico.
O uso da madeira engenheirada, por exemplo, foi fundamental para tornar a casa mais leve, não só visualmente, mas também fisicamente, trazendo economia na etapa das fundações da construção.
Para Ana Belizário, head de novos negócios da Urbem, empresa que forneceu as lajes de CLT (Cross-laminated timber), outra vantagem da madeira engenheirada está diretamente relacionada ao canteiro de obra. “Trabalhamos com 3 pessoas para a montagem, durante cerca de 10 dias. Ou seja, é rápido, sem geração de resíduos e com redução de riscos no canteiro”, explica a executiva.
O projeto foi desenvolvido buscando total integração entre os ambientes internos e externos. Duas clarabóias cortam a casa dando luminosidade natural aos espaços, que também contam com sistema de ventilação que garante que o ar circule com fluidez. O pé direito duplo e os grandes painéis de vidro permitem que o paisagismo invada a sala. A varanda e seus recortes ajudam a trazer o jardim e a piscina para dentro. A casa possui também aquecimento solar e geração de energia via placas voltaicas e cisterna para coleta de água da chuva.
Gaú Manzi, sócio do escritório, explica que o desafio era atender a uma família que buscava espaço, mas também inovação. “Nosso cliente é um designer, tem o olhar e o desejo voltados para o que há de mais tecnológico e buscava soluções integradas que facilitassem a construção e, ao mesmo tempo, criassem uma casa mais sustentável”, relata. A fachada é composta por placas de miniwave, que conferem leveza e delicadeza ao acabamento, além de proteger a madeira da exposição à umidade. “A casa transformou-se numa delicada lanterna urbana “, completa Manzi.